Como diferenciar Influenza e COVID-19 e se prevenir das doenças típica de verão

O infectologista Dr. Eduardo Medeiros, do Hospital e Maternidade Santa Helena, dá orientações para que a estação mais quente do ano seja aproveitada com saúde 

São Bernardo do Campo, SP (dezembro de 2021) – O verão se aproxima e é importante saber se prevenir das doenças e enfermidades típicas da estação, como as transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (dengue, zika, chikungunya), conjuntivite, intoxicação alimentar, doenças dermatológicas (como micoses de pele e de unha), queimaduras de sol e desidratação. Este ano, ainda há um surto de influenza no Rio de Janeiro e a pandemia da COVID-19, que ainda não acabou. O médico infectologista da CCIH da Maternidade Santa Helena, Dr. Eduardo Medeiros alerta que é necessário se redobrar os cuidados com as doenças respiratórias.

“Estamos com um surto de gripe atípico, por uma variante do vírus Influenza (H3N2 – variante Darwin) em uma época do ano que normalmente ele não ocorre. Além da disseminação comunitária da variante ômicron do Sars-CoV-2 (covid-19) que já foi definido na cidade de São Paulo.  É preciso reforçar os cuidados, como manter as mãos higienizadas, usar máscaras em todos ambientes coletivos, evitar aglomerações, manter as áreas ventiladas e completar a vacinação para covid-19, incluindo a dose de reforço. Basicamente, tudo que impede a proliferação da covid-19 também atua contra a influenza”, Dr. Medeiros.

Os sintomas da covid-19 e da influenza são parecidos. Mas alguns são mais frequentes em uma das doenças, o que pode ajudar na identificação e diagnóstico, como a anosmia, a perda do olfato, que até pode acontecer em um caso de influenza, mas é bem mais recorrente nos de COVID-19. “O ideal, sempre, ao surgirem os sintomas, em caso de agravamento, procurar o serviço médico e realizar testes de identificação das doenças. Também é importante nunca se automedicar, só tomar remédios após atendimento médico. Outra orientação é se manter bem hidratado.  Caso sinta falta de ar, procure por assistência médica. Mas quem está apenas com sintomas leves, espirrando ou com tosse deve evitar procurar por uma emergência, pois estão muito sobrecarregados”, ressalta.

A seguir, os médicos da unidade de internação do Hospital e Maternidade Santa Helena passam orientações de prevenção para as doenças típicas do verão:

  • Transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (dengue, zika, chikungunya): procure coibir o vetor, o mosquito. Use repelente e evite o acúmulo de água limpa e parada, como ao deixar recipientes que acumulem água, caixas d’água abertas ou piscinas com água sem tratamento. E procure se manter hidratado, dica importante para combater todas as viroses.
  • Conjuntivite: não compartilhe óculos escuros, toalhas, instrumentos de aplicação de maquiagem e fronhas de travesseiros. Também lavar as mãos frequentemente, uma dica contra toda doença contagiosa e a conjuntivite é uma delas
  • Intoxicação alimentar: o aumento das temperaturas torna os alimentos mais perecíveis pela maior proliferação de bactérias. É fundamental guardá-los de forma correta e evitar alimentação na rua, em especial de itens expostos ao Sol.  
  • Doenças dermatológicas, como micoses de pele e de unha: evite compartilhar itens de higiene pessoal e procure secar muito bem o corpo após o banho, em especial as dobras e os espaços entre os dedos. Não compartilhe alicates, tesouras e outros materiais de cuidados das unhas.
  • Queimaduras de Sol: use sempre protetor solar e o reaplique durante o dia. E evite se expor ao Sol nos horários de maior incidência de raios UVA e UVB, entre 10h e 16h.
  • Desidratação: evite se expor ao Sol entre 10h e 16h e procure estar sempre hidratado. Importante: bebidas alcoólicas não hidratam, pelo contrário. Ao beber uma cerveja, tome outra bebida, não alcoólica, para minimizar o risco de desidratação.
  • Mantenha sua carteira de vacinação atualizada, especialmente para covid-19 com esquema completo e, quando chegar o momento, tome a dose de reforço.