Sedentarismo causado pelo isolamento social pode levar a aumento de casos de osteoporose
Dia Mundial e Nacional da doença é celebrado em 20 de outubro e busca chamar a atenção para a enfermidade que causa a perda da qualidade dos ossos
São Paulo, SP (outubro de 2020) – Na quarta-feira, 20 de outubro, será celebrado o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose. A data busca chamar a atenção para essa doença silenciosa e assintomática que reduz a densidade ósseo mineral e causa uma perda de qualidade dos ossos, o que aumenta consideravelmente o risco de fraturas graves. E o isolamento social causado pela pandemia da COVID-19 levou a um aumento do sedentarismo, o que pode resultar num crescimento dos casos de osteoporose, alerta o Médico do Trabalho do Hospital e Maternidade Santa Helena, Dr. Marco Antonio Finatte.
“Atividades físicas como caminhadas e corridas estimulam os ossos, que é um tecido vivo e precisa desse estímulo. Musculação também tem um papel muito importante. Esses exercícios atuam na prevenção da osteoporose. Com as pessoas tendo diminuído suas atividades físicas desde março de 2020, por causa do isolamento social, há um aumento do envelhecimento da população, da fragilidade dos ossos e, consequentemente, da incidência da osteoporose. Vejo isso na prática do consultório: tenho pacientes, em especial idosos, que apareceram pela última vez em 2019 e só estão voltando agora. Recomendo que retomem o acompanhamento com seus médicos o quanto antes, além de buscar realizar alguma atividade física, com segurança”, destaca o especialista.
O ortopedista esclarece que a osteoporose acomete homens e mulheres. Mas aparece de forma mais precoce na população feminina. “Por volta dos 50 anos, com a menopausa, as mulheres não produzem mais o estrogênio e a há uma queda hormonal muito grande. A questão é que o estrogênio é o grande responsável por colocar o cálcio que ingerimos na alimentação dentro dos ossos. Entre os homens, a osteoporose é mais comum a partir dos 70 anos”, explica o Dr. Marco Antonio.
Para minimizar a chance de desenvolver a doença, além dos exercícios físicos regulares, recomenda-se uma alimentação balanceada, preferencialmente prescrita por nutricionista além da exposição a luz solar de forma regular 20 minutos/dia pela manhã, antes das 10 Horas.
Para quem já tem a doença, além do tratamento, é fundamental também minimizar o risco de quedas. Nesse sentido, Dr. Marco conta que a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia tem um projeto chamado Casa Segura. Ele traz dicas como: retirar os tapetes dos banheiros para evitar escorregões; colocar apoios dentro do box onde se toma banho; e manter uma luz acesa para ajudar a visualização do quarto quando levantar durante a noite, entre outros. “Outra questão importante é ter cuidado com os pets. O ideal é não dormir com o animal de estimação no mesmo quarto, pois pode ser pisado ao se levantar durante a noite ou se enroscar entre as pernas e causar uma queda”, pontua o ortopedista do Hospital e Maternidade Santa Helena.
“Mas mesmo em casos de identificação de osteoporose mais avançada, o paciente pode voltar ao estágio de normalidade por meio do tratamento. Por isso, buscar informações sobre seu estado é fundamental”.
