AVC: pandemia não é motivo para evitar buscar ajuda médica, alerta especialista
Neurologista alerta para a importância da prevenção
São Paulo, SP (setembro de 2020) – O Hospital Santa Helena alerta para a importância de procurar o atendimento médico nos primeiros sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com o neurologista do Hospital Santa Helena, dr. Abdeval Pinto Bandeira Neto, no período da pandemia, os pacientes estão chegando depois de quatro horas do início dos sintomas, o que implica em riscos de sequelas e de morte em casos mais graves. O especialista alerta que o tempo é crucial no tratamento da doença.
“O paciente deve ficar alerta aos sintomas característicos do AVC, como dificuldade de repetir frases ou sorrir, fraqueza nos braços e boca torta. Nesses casos, deve-se procurar imediatamente a emergência de um hospital. Em caso de dúvida, existem recursos como a telessaúde, por exemplo, que hoje está mais acessível, que podem ajudar a identificar os sintomas e direcionar o paciente a um pronto-socorro. A cada minuto, milhões de neurônios são perdidos e, dependendo da área atingida do cérebro, o paciente pode ter sequelas como perda de memória, dificuldade em se expressar, em falar e em comer, paralisia facial e desequilíbrio”, explica Abdeval Pinto.
O Dia Mundial de Combate ao AVC deste ano alertou para a prevenção. No Brasil, mais de 100 mil pessoas morrem todos os anos devido ao AVC, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Abdeval alerta que a doença não é uma fatalidade. Ou seja, é possível prevenir. A especialista diz que monitorar a hipertensão, combater o sedentarismo e o tabagismo são algumas das atitudes que podem evitar a doença.
Nos casos em que não é possível impedir o AVC, o tempo é determinante para a saúde dos pacientes. Por isso, as equipes médicas precisam estar preparadas para um atendimento coordenado – o que garante mais agilidade e mais chances do tratamento adequado dentro da primeira hora em que o acidente ocorreu. O Hospital Santa Helena adota um protocolo de AVC baseado em orientações internacionais que são validadas pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV). O tratamento dos pacientes deve ser iniciado assim que o paciente chegar ao hospital. Nesse espaço de tempo, ele é submetido a uma tomografia e o resultado é compartilhado, via telemedicina, com neurologistas de plantão para analisarem juntos qual é o melhor recurso a ser adotado, sendo iniciado o tratamento na sequência.
No Hospital Santa Helena, a equipe dedicada a tratar pacientes com AVC é formada por diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, radiologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e nutricionistas. O atendimento multidisciplinar faz a diferença na recuperação do paciente para que ele volte o quanto antes para as suas atividades profissionais e sociais. “É importante que haja uma mudança no estilo de vida com uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos e atividades relaxantes, desde ler um livro até fazer uma meditação. Isso contribui para redução do estresse e da ansiedade, o que também pode evitar um novo episódio da doença”, alerta.
